Cada passo meu… Cada ato meu… É minha culpa… Minha máxima culpa…
Afinal, a escolha foi sempre minha.
Embora não pareça, para onde quer que estejamos indo não é uma busca; e, chegando, não foi um achado, foi um encontro. Os “veículos” que nos conduzem para onde quer que vá, sinta, receba ou situações que viva, são, invariavelmente, os nossos pensamentos, vontades e conceitos. Muitos ainda pensam que esse veículo seja Deus ou seu santo protetor. Tudo em nossa vida são produtos manifestados do que reconhecemos e admitimos. Nas religiões chamam isto de Fé; mas são de fato Leis da Vida. Pode até lhe parecer que a situação em que você está no momento seja por imposição ou em razão de outrem: Pai, Patrão, Presidente, Prefeito, vizinho, etc. Mas foram as Leis da Vida atendendo às suas crenças, convicções, dúvidas ou medos. No que cremos do Bem ou tememos do mal são claras “declaração de fé”.
Mudando os pensamentos, vontades ou conceitos, a “rota” muda de direção e se apresentam novos aspectos. Isso é Lei da Vida. Por isso mesmo é que disseram, por exemplo, os grandes Mestres Sidarta Gautama (Buda): “Tudo é projeção de sua mente”, e Jesus Cristo: “Seja conforme credes”. Somente se apresentará em sua vida seus pensamentos materializados em formas.
Se você se surpreende com as etapas da sua vida é porque você não conhece a si mesmo. Será que um traficante, de qualquer espécie, tem pensamentos e sentimentos de Ordem, Ética, Fraternidade, justiça, Amor? Penso que você respondeu Não. Então: é por isso que eles somente encontram em suas vidas, adversários vorazes; conflitos, adversidades, morte. Esse é, invariavelmente, o destino das pessoas que cultivam tais sentimentos ruins. A equação da Lei da Vida é: Sentimentos Ruins = Destino Ruim; Sentimentos Bons = Destino Abençoado.
A Vida criada por Deus tem somente um sentido: o sentido do Bem. Siga sempre reto por este Caminho. Mas, devo advertir: não estou aqui falando do deus religioso; estou falando do Deus Lei, Deus Criação, Deus Vida, Natureza absoluta. A maioria das pessoas não percebem essas coisas porque não se dão ao prazer da profunda reflexão. Olham, sentem, julgam e observam cotidianamente tudo o que está à sua volta: imagens, sons e, principalmente indivíduos. Todas essas pessoas, consequentemente, enxergam muito pouco, colhem muito poucas lições porque só enxergam “até ali”.
Porque que as pessoas não fixam o olhar lá na longínqua linha do horizonte? Porque lá não tem nada; a imagem é sem graça, apenas uma tênue linha cinzenta. Curiosamente, por mais paradoxal que seja, para enxergar alguma coisa na linha do horizonte, é imprescindível fechar os olhos. A “linha do horizonte” da Vida está dentro de nós. Por isto não adianta olhar pra fora. O que está do lado de fora: imagens, sons, ações de pessoas nos servem de lições, sim; mas os conceitos a respeito de tudo isso esta dentro de nós. As lições que se nos apresentam no dia a dia não são intrínsecas, não se bastam por si só; depende fundamentalmente da sensibilidade do observador, de seu interesse, de seus valores. Para você um carro último modelo pode ser de grande importância, admirável e muito desejável; mas, o que ele importa para um cão? Um cachorro troca efusivamente um carro último modelo por um suculento osso. Você não faria isso, claro. Mas precisamos atentamente refletir sempre a respeito de nossos valores e interesses. Lembra essa frase? “Fulano não quer largar o osso”. Muitas coisas, situações e até pessoas em nossas vidas podem representar apenas “ossos” aos quais estamos apegados e por isso não queremos largar.
Quando estamos segurando um copo, apenas temos a percepção de que estamos segurando o copo; mas, olhando mais atentamente percebemos que o copo também está “segurando” a nossa mão. Ambos estão, portanto, ocupados. O apego é uma espécie de escravidão; nessa situação, ambas as partes estão acorrentadas. E, se seu apego for uma questão de personalidade, de caráter, então você é escravo de si mesmo. Denomina-se “síndrome da Gabriela” (telenovela, cuja canção “Modinha para Gabriela” é de autoria do baiano Dorival Caymmi, lançada em 1975): “Eu nasci assim, eu cresci assim e sou mesmo assim, vou ser sempre assim…”.
Ninguém é em definitivo “Assim”. Todos estão sendo no momento assim, mas não somos isso, ESTAMOS ISSO. Se você faz uso de drogas, lícitas ou ilícitas, esses produtos NÃO estão lhe escravizando porque eles não têm o poder de invadir tua boca, nariz ou corpo. O vazio que há em seus sentidos é que promove o desejo por esses prazeres mórbidos. Entretanto, assim como você, unicamente você, teve o poder de decidir usar essas drogas, naturalmente que somente você tem o poder de assinar a “lei áurea” da liberdade sobre tudo isso. Quando você despertar a Força interior que tem se apaixonará por ela; e o seu prazer de exercitá-la será seu único vicio. E então, terá, enfim, conhecido a si mesmo. Assim, terá domínio sobre todas as suas ações, Vida, Destino, Universo. Disse Sócrates “Conhece-te a ti mesmo e conhecerá o universo e os deuses”. É disso que estamos falando.
Muito Bem vindo ao seu Verdadeiro Eu!